sexta-feira, 7 de julho de 2017

LEÃO (3)


TYCHE
Lembremos que Fortuna, entre os romanos, era uma “tradução” da deusa Tyche, dos gregos, a deusa da Sorte, do Acaso. Costuma Fortuna  aparecer associada ao signo do Leão, ou melhor, aos leoninos vitoriosos. Na origem, Fortuna, ligada às mulheres e a alguns oráculos, era considerada como um símbolo da sorte efêmera, sempre representada de pé, alada, sobre uma roda, com uma cornucópia nas mãos, empurrada ao acaso pelos ventos de um lugar para outro. Com o correr do tempo, a partir do fim da república romana, Fortuna foi aparecendo cada vez mais associada a certas figuras políticas.


O culto a Tyche, entre os gregos, do verbo tynkhanein, conseguir por sorte, obter por acaso, ter êxito, apareceu num período de decadência política e social (final do período clássico e por todo o helenístico, da história grega) quando os conceitos que Ananke representava foram sendo "esquecidos" pela sociedade grega. Ananke significava, sobretudo, entre os gregos antigos, a causalidade que operava no universo com um fim, governando todas as coisas de um modo providencial. Ananke é conceito que lembra muito a doutrina do karma (lei de causa e efeito) dos hindus. Tyche, nesse sentido, é o efeito que não se liga à causa, contrapondo-se a Ananke. Em suma, com um pouco de sorte, com o auxílio de Thyche, podemos escapar. A lei de causa e efeito deixava de funcionar. Tyche atua no sentido contrário de deusas que agem em nome de Ananke. 


ANANKE   E   AS   MOIRAS
      
Ananke é nome que lembra coação, violência e ao mesmo tempo relação de parentesco, isto é, de causa e efeito. Em torno desse conceito reúnem-se várias divindades femininas que, de modo providencial, têm por finalidade a reposição de limites por parte daquele que se excede. Nêmesis, as Moiras, as Erínias, Dike, as Keres e Ate, são divindades desse mundo. Há sempre algo de mecânico na ação dessas deusas, de inexorável. É o próprio agir do ser humano que determina qual delas virá para constrangê-lo, para obrigá-lo a voltar de onde não deveria ter saído, com sofrimento, maior ou menor, de algum modo. Com Tyche, o que prevalece então a ideia de acaso, de pura contingência, algo que poderia ter acontecido ou não.


JÚLIO   CÉSAR
Dentre importantes figuras políticas leoninas que aparecem associadas à Fortuna podemos citar Júlio Cesar e Otávio. O primeiro nunca perdeu uma batalha. Quanto ao segundo, depois de vencer Antônio e Cleópatra na famosa batalha do Actium (31 aC), tornou-se o imperador de Roma, adotando o nome de Augusto e tendo por símbolos o Sol e o leão. Sua autoridade foi colocada  sob  a  tutela  de  Apolo e, como  tal, ele  se  tornou o supremo  chefe religioso de todo o seu imenso império, recebendo o título de Pontifex Maximus. Com  isso ,  instaurou-se  o  culto de 
OTÁVIO   AUGUSTO

Genius Augusti, da força divina encarnada no imperador. O período em que reinou (27 aC-14 dC) passou à história com o nome de O Século de Augusto. Sob o ponto de vista artístico, seu grande incentivo à cultura e sua grande proteção aos artistas levou os historiadores a darem o nome de Idade de Ouro ao período em que governou.


SHIVA

Na Índia, um dos avatares (descida do divino ao mundo dos humanos) de Vishnu, a segunda pessoa da trindade hinduísta, tem o nome de Nara-Simha. Foi sob esta forma, de homem-leão, que Vishnu desceu ao mundo na Satya-Yuga (1ª idade) para libertar o universo da tirania de Hiranyakasipu, um demônio que, favorecido por Brahma, havia se tornado invulnerável. Nara-simha, forte e corajoso, é o destruidor do mal e da ignorância. 


HIRANIAKASIPU

O culto do homem-leão na Índia é muito antigo, nele se venerando principalmente a coragem e a força como aspectos da divindade. O culto fica restrito de um modo geral aos membros da segunda casta (kshatryas), reis e guerreiros. Os membros da primeira casta (brâmanes) dele participam na medida  em  que  são os destruidores
COLUNA  DE  ASHOKA
da ignorância. Os cultores da Nara-Simha são orgulhosos, como o leão, o rei dos animais, o mais forte e o melhor, a personificação da coragem. Encarnando na Índia o poder e a majestade reais, ao leão é, como ao tigre, é sempre votada uma grande consideração. Não é por acaso que nos brasões de armas da Índia, desde os tempos do imperador Ashoka, encontramos quatro leões unidos. 

Buda é conhecido como o Leão da tribo dos Sakya, na qualidade de mestre do Dharma. No Budismo, a consciência iluminada, no incessante jogo da vida, sempre tendo que tomar decisões de momento a momento, sempre tendo que tomar posse ou renunciar a algo, sempre afirmando ou negando, é representada pela figura de um bodhisattva (aquele que tem a iluminação no seu  âmago). É por isto que Buda vem sentado sobre um leão. Esta representação tem por origem as pregações de Buda, quando nas assembleias, ensinava o dharma. Em tais pregações fazias-se uma analogia entre o seu ensinamento e o rugido do leão, o poder que ele tinha de sacudir e de despertar as pessoas. 


BUDA

No cristianismo, Cristo é chamado de o Leão de Judá, como encarnação de poder, sabedoria e justiça e por sua família descender do patriarca que tem este nome. O leão é muitas vezes utilizado para representar o aspecto manifestado da divindade, assinalando o seu entendimento como terrível. Neste sentido, ele é o atributo das forças furiosas da justiça divina. Na Índia, ele vem com Durga (shakti de Shiva), aquela que vence as forças do mal. Às vezes, vem como símbolo do aspecto temível de Maya, a ilusão da separatividade. 


DURGA

Negativamente, o leão aparece como representação de uma cega impetuosidade, de um apetite insaciável, de uma avidez violenta e irascível, manifestando-se por uma vontade imperiosa, servida por uma descontrolada força.  É neste sentido que o leão na Índia, como o encontramos em várias imagens, é sempre subjugado por Shiva, o destruidor das formas. Nas Escrituras cristãs, lembremos, o leão é um dos símbolos do Anticristo, personagem misteriosa que, segundo o Apocalipse, deverá aparecer algum tempo antes do fim do mundo, enchendo a terra de crimes e impiedade, para depois, ao final, ser vencido por Cristo. Com a sua cega avidez, a sua descontrolada ferocidade, o seu enorme despotismo, o leão, com a sua bocarra aberta, é, em várias tradições uma representação das potências infernais. Além disso, é o leão também uma das preferidas montarias de Satan.

As imagens e esculturas de leões são encontradas em todas as tradições à entrada de túmulos, de templos, de habitações, de cidades, em portas e portões (aldrabas) para lembrar vigilância, proteção, mesmo em latitudes em que a fauna local não o conheceu. No oriente, como protetor, ele atua contra as forças maléficas, mencionando-se, por exemplo, no Japão, as danças do leão (Shishimai), celebradas no dia primeiro do ano e em outras festas. 


SHISHIMAI

Entre os judeus, o leão é símbolo da tribo de Judá e dos reis davídicos daquela tribo. Leões ornavam o trono de Salomão. Acreditava-se, nos tempos antigos, entre os judeus, que os leões, a não ser quando famintos, não atacavam nem matavam os seres humanos. Assim, se o marido de uma mulher tivesse caído numa cova de leões tal fato não poderia ser considerado como uma prova suficiente de sua morte para que a mulher voltasse a casar. O leão era um dos motivos artísticos favoritos na decoração de uma sinagoga. Nas suas pregações, os antigos rabinos advertiam os judeus de que era melhor ser uma cauda de leão que uma cabeça de raposa. Tal expressão significava que era melhor uma associação com pessoas eminentes, mesmo numa condição de subordinação, do que liderar gente de baixo nível social. 

Na Bíblia, lembremos, no novo testamento, o leão é mencionado (Apocalipse, capítulo 5º, 5). Ali se fala da tribo de Judá que abriu o
SÉTIMO   SELO
livro e os seus sete selos. Esta passagem apresenta, subtendida, uma referência ao signo de Leão: somente alguém, revestido de autoridade divina, solar, que está na posse de seu ego, poderá abrir o Livro do Destino, fechado por sete selos (vide o filme O Sétimo Selo, de Ingmar Bergman), O selo é aqui emblema de poder, de autoridade, de soberania, Ele protege, lacra, fecha, preserva, um símbolo de algo secreto. Só podem romper os selos e abrir o Livro aqueles que encontraram a suprema razão de viver, os que chegaram à luz, os devidamente habilitados, aqueles que, sob o ponto de vista astrológico, conquistaram a quinta casa.

É a partir do ingresso na quinta casa astrológica que podemos partir, simbolicamente, para a criação de um eu superior, a caminhada em direção das casas que se abrem depois desta. É por esta razão que a estrela de cinco pontas ou pentagrama, a chamada estrela flamejante dos hermetistas, corresponde, simbolicamente para o homem, aos seus quatro membros e à sua cabeça. Ou seja: os quatro membros executam o que a cabeça comanda. O pentagrama passa a ser entendido assim como o símbolo da vontade soberana à qual nada pode resistir, sob a condição de que esta vontade seja inquebrantável, judiciosa e desinteressada, características que só podem ser obtidas por uma longa prática relacionada com os assuntos da casa seguinte, a sexta, do signo de Virgem.


É por esta razão que o signo de Virgem é representado pela estrela de seis pontas, resultante do entrecruzamento de dois triângulos. Esta estrela sempre foi considerada como um emblema da sabedoria, uma representação da força em movimento, uma das expressões da pedra filosofal dos alquimistas, objetivo da Grande Obra, graças à qual o microcosmos humano entra em relação com o macrocosmo universal. É no nível da sexta casa, diante do ego que nasceu na casa anterior, que a opção é feita, regredir à animalidade, à vida instintiva, puramente egoica (a ponta do triângulo que aponta para baixo) ou caminhar em direção do social, do coletivo, da humanidade, com propostas de abertura para uma vida orientada espiritualmente. Visualizada com a ponta voltada para baixo, a estrela de seis pontas adquire conotações satânicas, aparecendo sempre associada ao príncipe das trevas. Priorizado o vértice inferior, essa estrela simboliza os instintos grosseiros, os ardores lúbricos que subjuga o racional humano.


BASÍLICA   DE   SÃO   MARCOS  -  VENEZA

No que diz respeito a outras possíveis associações do leão com figuras lendárias ou históricas, lembremos ainda que ele, numa forma alada,é o emblema de S. Marcos. O evangelista Marcos, que acompanhou S. Pedro a Roma, morreu no ano de 57, na prisão, quando Nero governava o império romano. No ano de 468, segundo Ambrósio, o corpo de Marcos foi transportado para Veneza e lá sepultado numa igreja que mercadores ricos levantaram, sendo o santo representado desde então por um leão alado. As asas, como sabemos, ligadas a certas figuras como o leão, simbolizam no caso a transcendência, a sublimação, a espiritualização do poder. A basílica que tem o nome do santo em Veneza, com cinco cúpulas desiguais, foi levantada no séc.XI, para guardar as suas relíquias. 

Na Alquimia, em muitas imagens (gravuras, desenhos etc.) que servem para ilustrar as suas operações, o leão aparece sempre ligado à figura do rei, simbolizando este o princípio condutor da personalidade, a consciência iluminada, que deve controlar a vida instintiva. Algumas gravuras nos mostram uma figura real jazendo por terra e um lobo devorando-lhe as entranhas. O significado é claro: a morte do rei (regicídio), muito representada, significa sempre uma regressão, uma perda da vida consciente. Quem ataca o rei é o lobo, símbolo, como sabemos, da vida instintiva, dos desejos incontroláveis. 

LEÃO   VERDE
O leão selvagem, psicanaliticamente, costuma aparecer como um símbolo de paixões latentes, caracterizando o perigo do inconsciente devorador. Esse quadro era representado na Alquimia pelo chamado leão verde, devorador do Sol. O leão verde impede a manifestação do leão vermelho, devora-o. Estas imagens alquímicas são vividas como experiências de esmagamento da consciência quando desejos intensos, violentos, são frustrados, mascarados muitas vezes por estados depressivos. O leão verde é, no laboratório do alquimista, uma representação do vitríolo verde, um ácido sulfuroso fortemente corrosivo

O entendimento do que significa o leão verde fica muito facilitado se lançamos a luz astrológica para iluminar o quadro. Antes, porém, é bom lembrar que Saturno é o astro que se opõe aos dois luminares, o Sol e a Lua. Os aspectos dissonantes de Saturno, como sabemos, têm muito a ver com depressões, situações em que a pessoa por elas vitimadas se sente pressionada para baixo. A energia “desce”, falamos de desânimo, de peso, de apatia, de chumbo. Esta depressão é fortemente marcada por desejos frustrados e revela porque depois de experiências amorosas, financeiras etc. malsucedidas ela costuma ocorrer. Houve uma “frustração do leão”. Muitas vezes, esta “frustração do leão” vem da infância, crianças muito contidas, “educadas”, que sempre gostariam de “comer” os mais velhos que as limitam. Como não podem ser os “maiores” em tudo, entregam-se ao “leão verde”. Pessoas muito criativas, com um Sol muito poderoso sob o ponto de vista astrológico, costumam enfrentar problemas como o acima descrito. Magoadas, amargas, reprimidas, conforme o caso, retiram-se cada vez mais, sem o perceber, para a sua interioridade. É nesse momento que o leão verde avança. 

O signo de Leão tem muito a ver (ou tem tudo a ver) com aquilo que a psicologia chama de ego consciente, adquirido ao longo da vida tanto por um diálogo entre o fator somático da personalidade e o meio ambiente (que começa pela casa IV) e depois por encontros ou colisões com o mundo exterior e o mundo interior. O ego, é bom lembrar, nunca chega a ser mais que uma imagem incompleta da personalidade consciente porque há muitos aspectos que ficam fora dela. A imagem completa teria que incluir estes aspectos, o que não acontece. Podemos dizer, aliás, que aquilo que mais afeta a personalidade de alguém é inconsciente, percebido apenas pelos outros ou com uma ajuda externa.  Isto quer dizer que a personalidade total de alguém jamais coincide com o ego. 

Por outro lado, grande parte da vida dos seres humanos é vivida só através de uma máscara, a chamada persona visível (o ascendente, na Astrologia), muito usada para nos diversos embates da vida. Este problema começa na infância, quando, por exemplo, a criança é pressionada pela família. Comportar-se como os pais querem para receber a sua aprovação. Essa é a primeira experiência vivida através de relações entre o ego e a persona. A maioria das pessoas perde a consciência com relação a estes dois elementos, persona e ego, passando a viver só em função do primeiro, procurando usar a máscara social da maneira mais vantajosa possível. A persona recebe então o nome de pseudo-ego. Ou, de outro modo, a individualidade se confunde com o papel social. As pessoas que assim agem não são mais que o papel que representam, um doutor, uma mãe zelosa, um professor, um guardião da lei, um pai provedor etc. É difícil que as pessoas que investem muito na “máscara” tenham consciência dela


SANSÃO  MATA  O  LEÃO
( CATEDRAL  DE  ELY , 672 aD , CAMBRIDGESHIRE )

Entre os judeus, Sansão, já mencionado, é outra referência ao signo do Leão. Ele é um líder israelita do período bíblico dos juízes (séc. XII aC). Seu destino, anunciado por um anjo, foi o de libertar Israel da opressão dos filisteus. Dotado de força sobre-humana e vítima de grandes paixões sexuais, Sansão acabou sendo traído por Dalila. Preso, cegaram-no. Mesmo na prisão continuou na sua carreira de
JUNG
atleta sexual; as mulheres faziam fila para manter relações sexuais com ele na esperança de conceberem filhos tão fortes e belos como ele. Reunindo todas as suas forças, Sansão conseguiu afinal fazer desmoronar as colunas do templo, ele e os filisteus. Seu suicídio é considerado como um martírio pelos judeus. Jung, possivelmente inspirado pela história do herói judeus, e leonino também, fala do mês do leão como o do calor violento da libido, da concupiscência. 

Entre os judeus, Av é o mês do Leão, sendo o fogo o seu elemento, a audição o seu sentido e sua tribo a de Shimon. O mal uso do sentido da audição está na origem de muitas atribulações que os judeus tiveram que enfrentar. Foi numa noite do mês de Av  que os espiões enviados por Moisés voltaram com a falsa notícia sobre a terra prometida. Foi também no mês de Av que o primeiro e o segundo templos foram destruídos, pelos babilônicos e pelos romanos, respectivamente. O nome Av é, para os judeus, um acrônimo dos nome das duas nações que destruíram os templos: Babilônia e Roma. 

O astro que governa Av é o Sol, base do calendário de muitas nações. O primeiro dia da semana é também governado pelo Sol. O aspecto negativo de Av é representado pela transgressão dos espiões, o pecado do orgulho, que tem origem no elemento fogo. Tais ideias estavam presentes nas atitudes dos espiões, que

desejavam manter as suas posições como príncipes do deserto, não desejando que o povo de Israel se fixasse na terra prometida. Além do mais, as características do orgulho e de uma irracional auto-suficiência estão presentes no caráter do patriarca da tribo, Shimon. Foi nas planícies de Moab que Zimri, príncipe da tribo de Shimon, rebelou-se abertamente contra a autoridade de  Moisés e dos princípios da Tora, devido à incisiva instigação de Kozbi, filha de um dos príncipes. 


ANJO   DE   ESAÚ   FERE   JACÓ  ( GUSTAVE  DORÉ )  

Como dia aziago, o nono dia de Av está associado a marés muito destrutivas. O dia também se associa ao vazio da coxa onde corre o nervo ciático, o lugar em que o anjo de Esaú feriu Jacó. Esaú, para os judeus, tornou-se símbolo do império romano e, depois, do mundo cristão da Idade Média, com sua postura sempre oposta aos descendentes de Jacó. Entre os místicos judeus, Esaú representa o Sitra Achra (o lado do mal nos assuntos humanos) e só será finalmente destruído na era do Messias. O ferimento de Jacó se deve à luta noturna que ele travou com o anjo protetor de Esaú. Jacó ficou manco. Para lembrar esse acontecimento, os judeus não comem o tendão da coxa de animais. O anjo disse a Jacó que ele teria um novo nome, Israel, significando este nome a vitória que ele sempre conquistaria nos embates que viesse a travar com seres divinos ou humanos. Etimologicamente, Jacó quer dizer suceder, suplantar. 

O signo de Av está relacionado com o número nove através da letra Teth. Essa letra, segundo o Talmud, tem a ver com destruição e morte. Ao longo da história judaica, muitos acontecimentos negativos, além da destruição dos templos (inquisição espanhola, exílio, perseguições durante a primeira guerra mundial), ocorreram nesse dia. Os primeiros grupos judaicos, durante a segunda guerra mundial, foram levados para as câmaras de gás nesse dia. O mês que, no inverno, corresponde a Av é Shevat (Aquário). O princípio que os une está no décimo quinto dia de ambos, dia de celebração, de regozijo. Entre os judeus, o mês de Av aparece sempre ligado ao nascimento de grandes líderes, inclusive do futuro Messias.